
ANIMAÇÕES JAPONESAS
1 de novembro . 21h30
Cinema Charlot
música e musicado do vivo
PIERRE BASTIEN
Noburo Ofuji, Hakuzan Kimura, Shigeji Ogino
(JPN, 1926-1933, 46 min, M/12)
"Uma História de Tabaco" (Noburo Ofuji, 1926, 3')
"Um Navio de Laranjas" (Noburo Ofuji, 1927, 6')
"No posto da fronteira" (Noburo Ofuji, 1930, 8')
"A Nação de Peixes" (Hakuzan Kimura, 1928, 15')
"?/Triângulos Rítmicos/Cartas Lutadoras" (Shigeji Ogino, 1932, 4')
"Um Dia Depois de Cem Anos" (Shigeji Ogino, 1933, 10')
Cópias . National Film Archive of Japan
O Film Fest presta homenagem ao cinema de animação japonês, exibindo curtas-metragens das décadas de 1920 e 1930, provenientes da coleção do Arquivo Nacional de Cinema do Japão. Através de uma cuidadosa seleção de magníficos filmes, damos a conhecer alguns dos artistas pioneiros e suas obras que contribuíram para fundar a animação japonesa.
O Japão tem uma longa tradição de cinema de animação, com uma linguagem própria. Para comemorar o 100.º aniversário da animação japonesa, que se acredita ter sido exibida publicamente pela primeira vez em 1917, o NFC – National Film Archive of Japan abriu um site em 2017 com filmes digitalizados e restaurados.
Apesar de uma longa tradição, foi apenas a partir de 1973, quando a animação "A Tragédia de Belladonna" foi selecionada para competição no Festival de Cinema de Berlim e, posteriormente, em 2022, quando a animação dos Estúdios Ghibli "A Viagem de Chihiro" ganhou o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, que as animações japonesas captaram a atenção do público e gradualmente ganharam um lugar na indústria cinematográfica mundial.
Com uma linguagem muito própria, os primeiros trabalhos de animação foram produzidos por um pequeno grupo de artistas, em condições semelhantes às de uma pequena indústria doméstica, onde os animadores experimentaram com métodos baratos – desenhando diretamente na película a ser projetada, por exemplo – de forma a dar vida às suas visões.
Mas estes pioneiros e praticantes, que exploraram o potencial estético de uma variedade de meios e técnicas, permaneceram virtualmente invisíveis aos olhos do público para lá dos circuitos especializados dos festivais.
UMA HISTÓRIA DE TABACO
Título Original . "Kemurigusa monogatari ( 煙り草物語 )"
De frente para uma rapariga, um homem pequeno, sentado numa mesa diz: "As mulheres descendem do tabaco".

PIERRE BASTIEN

Nascido em França, é o que poderemos chamar um “compositor mecânico”. Desde a década de 1970 que tem vindo a construir as próprias orquestras de máquinas musicais “meccano”. A sua orquestra 'mecanium' consiste numa série de pequenos engenhos que tocam instrumentos de todo o mundo. Bastien também toca os instrumentos durante as atuações, que se distinguem pela extraordinária força visual. Rodeado por todas as suas máquinas, Pierre Bastien dá vida a um mundo sonoro único que tem sido apresentado em exposições e festivais por todo o mundo.
Nos últimos anos, Pierre e suas máquinas colaboraram com o videoartista Pierrick Sorin, o estilista Issey Miyake, o cantor e compositor britânico Robert Wyatt, a companhia de circo Trottola, os músicos Alexei Aigi, Steve Arguelles e Phonophani. As suas composições mais recentes foram lançadas pela Western Vinyl e Rephlex.
Pierre acompanha esta seleção de curtas de animação, proporcionando-nos um cine-concerto poético, baseado na alegria de tocar, improvisar e brincar com a sua orquestra mecânica.