LADISLAV STAREWICZ:
INSETOS E OUTROS AFINS
25 de outubro . 21h30
Cinema Charlot – Auditório Municipal
Ladislav e Irène Starewicz
França/Rússia, 1912–1933, 51 min.
A VINGANÇA DE UM
OPERADOR DE CÂMARA
Rússia, 1912, 13'
Uma elaborada fábula envolvendo sexo entre insetos de espécies diferentes e adultério.
A animação em “stop-motion” tem percorrido o seu caminho particular na história do cinema, abrangendo técnicas diversas e ideias inovadoras.
“A Vingança de um Operador de Câmara”, de Ladislav Starewicz, não é exceção. Ao usar insetos (mortos) como marionetas para retratar um triângulo amoroso humano, Starewicz consegue chocar as audiências a vários níveis com elementos de voyeurismo sexual e infidelidade. Com humor e terror, “A Vingança de um Operador de Câmara” é um trabalho importante na história do cinema, que permanece contemporâneo e inovador até aos dias de hoje.
FETICHE 33-12
França, 1933, 38'
Um cão de peluche artesanal ganha vida quando a pobre mulher que o fabrica cose-lhe uma lágrima dentro do peito.
Uma história humana e sentimental com visões extravagantes.
Esta é a versão original concebida por Ladislav e Irène Starewicz antes de sofrer cortes na distribuição.
Em 1933, produziram e realizaram um filme com cerca de 1000 metros, mas, sob pressão dos distribuidores, o tamanho foi substancialmente reduzido, tornando-se “Fétiche Mascotte”/“The Mascot”, o primeiro episódio de uma série.
Recentemente, a única neta e detentora dos direitos dos filmes de Ladislav e Irène Starewicz decidiu reconstruir o filme original a partir de uma série de bobinas de “The Mascott”, distribuídas no Reino Unido e nos EUA, e do negativo de “Gueule de Bois”, bem como de película guardada em arquivo.
Em 2012, o filme regressou ao tamanho e à montagem da sua versão original de 1933 e daí o seu título “Fètiche 33-12”.
JOANA GUERRA
Joana Guerra é uma compositora, violoncelista e cantora portuguesa cujo inconformismo e paixão pela experimentação a tem levado a colaborações regulares com inúmeros músicos de diferentes géneros, assim como a projetos de dança, performance e teatro, influenciando e entretecendo um universo único em permanente expansão. Editou quatro discos a solo, entre eles o aclamado “Chão Vermelho”.
Integra também vários projetos no espectro da música exploratória e improvisada (Lantana, The Alvaret Ensemble), além de outras colaborações com Joelle Léandre, Surma, Gil Dionísio, Spectrum Awareness, Gume, Victor Herrero, Lula Pena, Yaw Tembe, Asimov, Tiago Sousa ou Pop Dell’Arte. Joana movimenta-se em diversos contextos artísticos enquanto compositora e performer.